Residências e Patrimônio Histórico de Carolina
ameaçado de desabar com a alta do lençol freático
Muito se prometeu para Carolina com a construção da barragem de
Estreito. Passado a euforia das construções, após a inauguração, o que restou
do espólio foi muitos danos ambientais e territoriais. Um verdadeiro prejuízo
de grandes dimensões.
O município perdeu mais de 30% do seu território, não recebeu os
benefícios que outrora foram prometidos. O Consórcio, que construiu a Usina
Hidrelétrica de Estreito – UHE, se vangloriava de que seriam gerados mais de 5
mil empregos, o que na verdade, muito pouco, ou quase nada ficou em Carolina ou
cidades vizinhas, uma vez que estas não dispunha de mão de obra qualificada. Na
verdade, sobraram as mazelas, imensas lacunas deixadas com o desmonte dos
canteiros de obras um alto índice de desemprego.
Muita gente nascida na região se desfez de seus patrimônios convencidos
pelo Consórcio que o valor a ser pago era justo e que daria para essas famílias
sobreviverem em outras localidades, foi um engodo. O empreendimento foi
colocado goela abaixo das comunidades e muitos tiveram suas propriedades
inundadas e não foram indenizados e sabe-se Deus quando isso vai acontecer.
O município que teve um terço de seu território perdido foi pago valores
irrisórios e nesse sentido são evidentes perdas irreparáveis ao município, como
a Ilha dos Bodes, a praia, sítios arqueológicos, entre outras áreas,
impactando, comprometendo o potencial turístico do município.
Carolina perdeu muito com a Hidrelétrica de Estreito. Existem situações
em que hoje comunidades encontram-se assustadas, depois que as águas foram
represadas para se formar o grande lago. A partir de então o lençol freático de
toda região começou a subir muito e a cada dia sobe mais. E o que o Consórcio
fez? Nada, a não ser colocar tábuas (espécie de duto), para medição do lençol
freático em toda a cidade.
Com isso, as casas e pousadas do centro histórico de Carolina estão
ameaçadas com rachaduras em suas estruturas, e em alguns casos, há locais em
que as casas já estão afundando, podendo desabar a qualquer momento.
São danos irreparáveis para a vida social das comunidades que sofrem
constantemente com os impactos das obras da Hidrelétrica de Estreito. O impacto
social e ambiental é evidente e não se pode mensurar o tamanho deste. Espaços
turísticos e patrimoniais, que ao longo da história tem colocado o município de
Carolina como um dos principais destinos turísticos do sul do Maranhão, sumiram
e outros, como o conjunto de casarios do Centro histórico da cidade, está
ameaçado de desabar e outros pontos da cidade por causa da construção da UHE.
Mesmo percebendo que prevenção e a precaução não fazem parte do roteiro
governamental, urge que se faça um esforço entre os poderes constituído, em
especial o Ministério Publico Federal, no sentido de amenizar os estragos
feitos pelas grandes obras da UHE.
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